segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Preparação para o Natal!

No sábado (5), tivemos um mutirão muito especial no Alecrim. Estudamos sobre a origem da árvore de Natal e trabalhamos na construção de algumas bolas repletas de significado: "a maçã, cujo receptáculo da flor tornou carnuda e perfumada, mantendo consistência firme, na Antiguidade assumiu a representação da esfera terrestre, generosa, altruísta, para alimentar outras formas de vida". Vejam mais no artigo que encontramos no site da Weleda:


e onde vem a idéia de enfeitar o pinheiro com luzes e esferas
vermelhas? Como era uma árvore de Natal antigamente? O resgate do significado das tradições é algo fundamental, uma vez que um sentido maior pode ser revivido a cada ano; uma renovação rítmica a cada solstício de inverno no hemisfério norte é comemorada desde os tempos pré-cristãos. O solstício de inverno significa o dia do ano com maior tempo de escuridão e menor tempo de luz, ou seja, dia 23 de dezembro, e desde tempos antigos esse dia foi consagrado como um dia especial, quando a luz interior, uma luz especial deveria ser acesa no interior do ser humano, no dia de menor luz exterior.
Segundo o filósofo Rudolf Steiner (1861- 1925), a árvore de Natal corresponde a uma fusão de duas árvores, ou melhor, de duas famílias botânicas: uma conífera, especialmente o pinheiro, e uma rosácea, especialmente a macieira e a roseira. As coníferas correspondem às árvores mais antigas de nosso planeta. Ainda antes dos dinossauros, no período geológico carbonífero, existiam essas árvores de sementes nuas (as pinhas), literalmente gimnospermas, representando até hoje as árvores de maior longevidade. Exemplos impressionantes são a sequóia californiana, de 3.212 anos, e o Pinus aristata, de 4.600 anos. Essas árvores significam vida, representam a ÁRVORE DA VIDA. As rosáceas, bem mais recentes, já no período terciário dos mamíferos gigantes, correspondem às angiospermas modernas. Essa família se caracteriza, por um lado, pela sua enorme dureza e formação de acúleos e espinhos; por outro, pela sua intensa formação
nas estrelas”, além de ser também um pentagrama.
A maçã, cujo receptáculo da flor tornou carnuda e perfumada, mantendo consistência firme, na Antiguidade assumiu a representação da esfera terrestre, generosa, altruísta, para alimentar outras formas de vida. A macieira representou tanto o desenvolvimento humano que seu nome em latim é Mali, a ÁRVORE DO CONHECIMENTO DO BEM E DO MAL.
Integrar a ÁRVORE DA VIDA com a ÁRVORE DO CONHECIMENTO – eis o significado da ÁRVORE DE NATAL. No início da era cristã, a árvore de Natal recebeu sua orientação final, uma vez que hoje ela parece desorientada nos shopping centers das grandes cidades.
A receita tradicional para montar uma árvore de Natal é: um pinheiro (ou parte dele), 33 maçãs, 33 rosas (30 vermelhas e 3 brancas), 33 velas com seus suportes e os símbolos dos planetas.
Idealmente, ela é enfeitada na véspera, coberta com um véu. Na noite de Natal, o véu é retirado, as 33 velas são acesas na luz apagada e se comemora o Natal à luz de velas.
Um ambiente maravilhoso se cria ao redor dessa árvore cheia de significados. Os 33 frutos das rosáceas e as 33 velas representam os 33 anos de vida de Jesus Cristo, sendo que as três rosas brancas, colocadas no alto da árvore, correspondem aos três últimos anos após o batismo, anos de intenso desenvolvimento humano. Os planetas significam a ponte entre a Terra e o Cosmo.
A modernidade da árvore de Natal se esconde em seu maior significado, ou seja, a busca da integração de um
de néctar nas flores e frutos, revelando uma forte conexão com a Terra e com o Cosmo. Por essa razão e pela estrutura das sépalas, pétalas e sementes na forma de uma estrela de cinco pontas, as rosáceas representam o SER HUMANO. Segundo Steiner, o ser humano é "aquele que possui o pé no chão e a cabeça
estilo de vida que una a VIDA (alimentação, atividade física, vida social, lazer) com o CONHECIMENTO (vida estudantil, vida profissional, responsabilidades) num ritmo que integre o profano e o sagrado a cada dia. FELIZ NATAL!!!
Ricardo Ghelman
Médico Antroposófico e de Família