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Limites - 0 AOS 7 ANOS
sábado, 22 de agosto de 2020
JOÃO DAS CINZAS
Era uma vez um fazendeiro que tinha três filhos. Os dois
mais velhos saiam com o pai todos os dias para trabalhar no campo. O mais novo
cuidava da casa e consideravam-no um bobo. Quando voltavam do trabalho, João
tinha que se sentar ao lado do fogão, nas cinzas, porque achavam que ele era
muito sujo e bobo para sentar a mesa com eles.
E por isso era chamado de João das Cinzas.
Certa vez, porém, quando saíram para fazer a colheita depois
da noite de São João, viram que todo o trigo tinha sido cortado ou comido, e
tiveram que passar fome naquele inverno. No ano seguinte aconteceu o mesmo e
tiveram que passar fome de novo. No terceiro ano, o pai pediu ao filho mais
velho que ficasse vigiando o campo de trigo durante a noite de São João, para
ver quem lhes roubava o cereal.
O filho mais velho então, foi postar-se ao lado do campo de
trigo ao escurecer, e à meia noite começou a soprar um vento muito forte,
ouviam-se trovões e começaram a cair relâmpagos. O moço, assustado, foi
abrigar-se numa pequena choupana ao lado do campo e como a tempestade piorava,
ele se escondeu e não olhou mais para fora. De manhã foi espiar e viu que o
trigo tinha sido levado embora novamente.
No ano seguinte o pai pediu ao segundo filho que fosse
vigiar o campo naquela noite especial. À meia noite começou a tempestade, e o
segundo filho, aterrorizado com todo o barulho foi esconder-se na choupana e
não olhou mais para fora. Na manhã seguinte viu a tragédia: o campo de trigo
estava vazio e passaram fome mais um inverno.
No terceiro ano então, João das Cinzas pediu permissão ao
pai para ir vigiar o campo de trigo durante a noite de São João, mas o pai no
principio nem quis saber. Dizia que o que os irmãos mais velhos não tinham
conseguido, o bobo não iria conseguir jamais, mas João das Cinzas tanto
insistiu que o pai deixou que tentasse.
João das Cinzas postou-se ao lado do campo e ficou
esperando. À meia noite começou a terrível tempestade, com trovões e
relâmpagos, mas João das Cinzas entrou na choupana, apoiou-se na janela e ficou
olhando. Disse: Se isto não ficar pior, eu aguento!
Mas então ele viu um belo cavalo alazão levando uma armadura
de cobre amarrada à sela, e que começava a comer as espigas de trigo. João das
Cinzas jogou o seu laço e levou o cavalo pelo pescoço até um lugar secreto que
só ele conhecia. Lá deixou o cavalo, jogou-lhe comida para um ano e voltou à
choupana onde deitou no chão e dormiu. Na manhã seguinte os irmãos e o pai
vieram acordá-lo e perguntaram: O que aconteceu? Você viu alguma coisa? Ou
perdemos nosso trigo novamente?
Por que não vão olhar? Perguntou-lhes João das Cinzas. E que
surpresa, lá estava o campo de trigo intacto, e por primeira vez, depois de
muitos anos, passaram o inverno sem fome.
- Mas você não ouviu a tempestade? Não viu os relâmpagos?
Perguntaram os irmãos.
- Eu não sei de nada, respondeu-lhes João das Cinzas,
espreguiçando-se.
No ano seguinte, João das Cinzas pediu a seu pai autorização
pra cuidar do campo de trigo durante a noite de São João e o pai deu-lhe
permissão.
No meio da noite, eis que começa novamente aquela
tempestade, e quando João das Cinzas foi abrigar-se na choupana, um vento muito
forte começou a soprar, fazendo a choupana balançar de um lado para o outro,
como se fosse cair. Mas João das Cinzas somente disse:
- Se isto não ficar pior, eu aguento!
E espiando pela janela viu um cavalo branco, maior que o
cavalo alazão, com uma armadura de prata amarrada à sela, começando a comer as
espigas de trigo. João das Cinzas jogou seu laço e levou o cavalo branco ao
mesmo lugar secreto. Deu-lhe comida para um ano inteiro, e voltou a choupana,
onde se deitou no chão e dormiu. Na manhã seguinte os seus irmãos o seu pai
viram novamente o campo de trigo intacto e perguntaram a João das Cinzas que
acordava:
- Você não viu nada? Não viu os trovões?
- Não sei de nada, respondeu e voltou para a cozinha.
No terceiro ano João das Cinzas foi novamente cuidar do
campo de trigo. A meia noite começou a tempestade, a choupana balançava de um
lado para o outro, e ouviu-se uma trovoada tão forte, como se o céu estivesse
desabando sobre a terra. Mas João das Cinzas disse somente: - Se isto não ficar
pior, eu aguento!
E espiou pela janela. Viu então um enorme cavalo negro com
uma armadura dourada amarrada à sela. João das Cinzas jogou seu laço e levou o
cavalo para junto dos outros dois, no lugar secreto, e deu-lhe comida para um
ano. Depois deitou-se no chão da choupana e adormeceu.
Os seus irmãos e seu pai ficaram muito felizes por ver que o
campo estava intacto e acordaram João das Cinzas.
- Você não viu nada? Não ouviu nada?
- Não sei de nada – disse, e voltou às cinzas na cozinha.
Nesse reinoo havia um rei bondoso que tinha uma filha muito
bonita. Quando chegou da idade de casar-se, ela disse a seu pai: - Irei
sentar-me na montanha de vidro, com três maçãs de ouro no colo. Casarei com
aquele que conseguir subir a montanha de vidro e pegar as maçãs de ouro!
O rei então convocou a todos os príncipes e cavalheiros,
moços corajosos e aventureiros que viessem fazer a prova. O pai e os irmãos de
João das Cinzas quiseram ir ver o espetáculo, mas por mais que João das Cinzas
pedisse para ir junto, não deixaram. – Teríamos que passar vergonha com você do
nosso lado! Imagine, tão sujo, e bobo!
Mal haviam saído, João das Cinzas lavou-se, pôs uma camisa
branca e foi ao lugar secreto. Vestiu a armadura de cobre, montou o cavalo
alazão e foi em direção a montanha de vidro.
Lá muitos príncipes e moços valentes tinham tentado subir,
mas os cascos dos cavalos sempre escorregavam, e os moços caíam, quebrando
pernas e braços. A multidão que viera ver o espetáculo estava desapontada, pois
nenhum herói conseguira passar a prova. O sol já ia se escondendo atrás das
montanhas, quando viram algo brilhando no horizonte, que chegava cada vez mais
perto, até que reconheceram ser um cavaleiro de armadura de cobre num cavalo
alazão. Este subiu sem dificuldade as paredes lisas da montanha de vidro, mas
ao chegar a um terço da subida, simplesmente virou e começou a descer
novamente. A princesa, encantada com aquele lindo cavaleiro, pegou uma das
maçãs douradas e rolou-a para baixo, que dessa forma entrou num sapato do
cavaleiro.
João das Cinzas galopou até seu lugar secreto, tirou a
armadura, guardou a maçã dourada e cuidou do cavalo. Depois voltou à cozinha e
pôs a sua túnica de cinzas. Quando seus irmãos e seu pai voltaram, ele
perguntou: - Como foi? Alguém conseguiu subir a montanha de vidro?
- Não, - responderam – mas bem no final da tarde surgiu um
cavaleiro com armadura de bronze num cavalo alazão, brilhando à luz do sol, que
subiu somente um terço da montanha e depois desceu novamente e foi embora.
- Deve ter sido lindo! – comentou João das Cinzas
- Amanhã o torneio continuará, quem sabe dessa vez algum
príncipe conseguirá pegar as maçãs de ouro ou o cavaleiro de bronze virá de
novo.
- Oh, posso ir com vocês, por favor? – Implorou João das
Cinzas, mas o pai e os irmãos responderam-lhe que teriam que se envergonhar de
leva-lo junto, tão sujo e bobo como era.
No dia seguinte, mal tinham saído, João das Cinzas lavou-se,
pôs uma camisa branca e foi ao seu lugar secreto. Vestiu a armadura prateada,
montou o cavalo branco e partiu em direção a montanha de vidro. Poucos moços
nobres tinham tentado a sorte sem nenhum êxito e agora o povo olhava para o
horizonte, esperando o cavaleiro de bronze. Mas eis que quando algo brilhou lá
longe, era um cavaleiro prateado! Este, chegando a montanha de vidro, subiu sem
dificuldades, mas deu meia volta quando chegou a dois terços da subida e desceu
novamente. A princesa, encantada, pegou uma maçã do seu colo e rolou-a
para baixo, fazendo com que entrasse num
sapato do cavaleiro, que logo depois desapareceu ao longe.
Quando o pai e os irmãos de João das Cinzas chegaram em
casa, este já havia guardado o cavalo, a armadura e a segunda maçã dourada.
Perguntou: - E como foi hoje? O cavaleiro de bronze voltou?
Alguém conseguiu pegar as maçãs de ouro?
Eles responderam que não, dessa vez viera um cavaleiro de
prata e depois que sumira, o rei pediu ao povo que no dia seguinte todos
ajudassem a segurar o cavaleiro de bronze ou de prata, para que descobrissem
quem era.
- Que emoção! Que coisa linda! Como eu gostaria de ir junto
e ver todas essas maravilhas - disse João das Cinzas, mas como sempre recebeu a
resposta de que era muito sujo e bobo para ir junto.
No dia seguinte, então, mal haviam saído, João das Cinzas
lavou-se e vestiu uma camisa branca, indo depois ao lugar secreto. Pôs a
armadura de ouro, montou o cavaloo negro e foi em direção à montanha de vidro.
Lá ninguém mais havia se atrevido a tentar subir e todos esperavam que o sol
começasse a se esconder para ver qual dos cavaleiros viria. Como se admiraram
ao ver um cavaleiro de armadura dourada num cavalo negro!
E como subiu sem dificuldade alguma a montanha de vidro e
pegou a última maçã de ouro do colo da princesa. Depois desceu a montanha e com
grandes saltos por cima das cabeças do povo estupefato, desapareceu ao longe. A
princesa ficou inconformada e o rei ordenou que todos os homens e jovens do
reino deveriam comparecer ao palácio para dizer se tinham as maçãs de ouro ou
se sabiam algo sobre seu paradeiro. Os últimos a serem interrogados foram o pai
e os irmãos de João das Cinzas que não sabiam de nada.
Enfurecido, o rei gritou: - Deve haver mais alguém neste
reino que não compareceu ao palácio.
O pai respondeu timidamente: - Em casa temos somente o
caçula, muito bobo e sempre sujo de cinzas, ele não deve saber de nada.
- Tragam-no aqui imediatamente. – disse o rei.
Os três foram rapidamente para casa, onde João das Cinzas
nem tivera tempo de tirar sua armadura de ouro e somente vestira sua túnica
suja, tendo o cuidado de pegar as outras duas maçãs de ouro que guardara no seu
lugar secreto, quando levara o cavalo para lá.
Seu pai ordenou que fosse ao castelo e se comportasse bem e
não perdesse o caminho, pois o rei estava esperando.
João das Cinzas saiu então e ao chegar no portão do palácio
pediu que o deixassem entrar, pois o rei o esperava. Os guardas riram daquele
bobão com túnica cheia de cinzas e deixaram que passasse. Ao entrar no salão do
trono, os nobres e suas damas riram daquele moço tão simples, mas o rei o
perguntou:
- Você sabe algo sobre as maçãs de ouro?
- Sim, meu rei, estão aqui. – respondeu tirando-as de sua
túnica.
A pobre princesa quase desmaiou ao vê-las, pensando que
agora teria que casar com um moço tão simplório.
Porém quando o rei lhe disse que ele então se casaria com a
princesa e seria o novo rei, João das Cinzas tirou sua túnica e todos ficaram
mudos ao ver na sua frente o cavaleiro de armadura dourada.
Fizeram uma linda comemoração e João das Cinzas foi coroado
e casou com a bela princesa.
Mas neste meio tempo o pai e os irmãos começaram a ficar
preocupados com a longa ausência do seu caçula e decidiram sair a sua procura.
Pois mesmo que nunca tivessem o tratado bem, fazia parte da família. Quem sabe,
teria se perdido no caminho ou algo lhe acontecera...
Finalmente chegaram ao palácio e pediram entrada, dizendo
que procuravam João das Cinzas que deveria ter ido falar com o rei.
- Perguntem ao rei, disseram-lhe os guardas.
Entraram no salão, olhando somente para o chão,
envergonhados e foram perguntando os nobres se haviam visto João das Cinzas e
todos lhe respondiam:
- Perguntem ao rei!
Chegaram na frente do trono e sem levantar os olhos,
perguntaram:
- Majestade, estamos procurando nosso caçula, João das
Cinzas que deveria ter vindo ao palácio, mas não voltou para casa até agora.
- Ele já está aqui! – respondeu-lhes João das Cinzas.
Surpresos, reconheceram a voz dele e levantaram por fim os
olhos e viram o caçula sentado no trono com uma coroa na cabeça e a bela
princesa ao seu lado.
Sorrindo ele lhes disse:
- Quero que sejam felizes também, e lhes darei uma fazenda
bem maior para que possam viver tranquilos e abastecidos
segunda-feira, 10 de agosto de 2020
A lenda do Alecrim
A Lenda do Alecrim

Cansada, Maria parou à beira do Rio e, enquanto a criança dormia, lavou suas roupinhas. Em seguida, olhou a seu redor, procurando um lugar para estendê-las.
segunda-feira, 29 de junho de 2020
Vivendo a Festa da Lanterna na pandemia
quarta-feira, 24 de junho de 2020
Festa de São João em época de pandemia
segunda-feira, 8 de junho de 2020
Festa da Lanterna 2019
Fotografias: Camila Coimbra
domingo, 7 de junho de 2020
Teatro - A Menina da Lanterna

Personagens: Menina da lanterna, Raposa, Urso, Ouriço, Criança, Fiandeira, Sapateiro, Estrelas, Narrador.
( aparece a raposa )
Estrelas: Pergunte ao sol. Ele poderá lhe ajudar.
Finalmente chegou a uma casinha, dentro da qual, avistou uma mulher muito velha, sentada, fiando em sua roca. A menina abriu a porta.
Depois que descansou, a menina pegou sua lanterna, despediu-se e continuou sua caminhada. A menina encontrou outra casinha no seu caminho: a casa do sapateiro. Este estava sentado em sua oficina consertando muitos sapatos. A menina abriu a porta.
Depois que descansou a menina pegou sua lanterna, despediu-se e continuou sua caminhada...Lá ao longe avistou uma montanha muito alta.
(Melodia da música da lanterna tocada em uma flauta.)
Depois que o sol voltou para o céu, a menina acordou.
(Melodia da música da lanterna tocada em uma flauta.)
Na volta reencontrou a criança da bola que lhe disse:
Sempre dela cuidando.
Se alguém precisar,
Dela posso lhe dar.